sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Arte Amazônica produzida por idosos do Guamá e da Terra Firme



Dona Palmira, aos 79 anos, percorre mais de 10 quarteirões para aprender a grafitar cuias, fazer colares com sementes da Amazônia. Esses materiais produzidos por vários idosos dos Bairros do Guamá e da Terra Firme poderão ser vistos nesta sexta-feira, 18, numa exposição de materiais, como cuias, sementes e tecidos com reproduções de grafismos corporais indígenas, promovida pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX). A exposição acontece a partir das 15h, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Terra Firme.

Os objetos expostos são resultado do Projeto de Extensão “Grafismo corporal indígena: significados e identificações”, coordenado pela técnico-administrativa Ana Leal. De acordo com a coordenadora, a exposição é uma maneira de propor a esses idosos o exercício da cidadania, mostrando à comunidade os trabalhos criados por eles. “Poder repassar esta pesquisa à comunidade é proporcionar cultura e inclusão social por meio de ações extensionistas”, conta.

Durante a execução do Projeto, os idosos participam de atividades que estimulam o exercício da coordenação motora, a concentração, a análise e a compreensão sobre a pintura corporal indígena, além de técnicas de cores e desenhos. Os exercícios são feitos, primeiramente, no papel e depois repassados para as cuias por meio de uma lâmina artesanal feita de raio de bicicleta e bambu, na serigrafia ocorre o mesmo processo, mas os desenhos são repassados para os tecidos.

O Projeto existe desde 2004 e foi executado também no bairro de Fátima e nos municípios de Castanhal, Bragança e Santarém. “A gratificação desta experiência é indescritível, principalmente quando você se depara com a perseverança e o comprometimento desses idosos”, salienta Ana Leal.

FONTE: Raphael Freire – Assessoria de Comunicação da UFPA


Nenhum comentário:

Postar um comentário